Quarentena em Milão por causa do coronavírus e a batalha comigo mesma
No início de
fevereiro eu travei uma batalha com Deus. Senti dor, tristeza e frustração porque
algumas coisas não aconteciam como eu gostaria.
Depois de
esbravejar minha ira, decidi mudar aquela vibração e busquei ajuda para acalmar
meu espírito. Segui as orientações de orações de limpeza profunda e depois de
merecimento. Quando completei os percursos, o meu espirito estava em paz.
No Carnaval eu
fui passar alguns dias em Montefiore e agradeço ao meu primo por tem me
conectado com a irmã Terezinha, uma prima que mora aqui na Itália.
Dia 23 era o
desfile de Giorgio Armani e na véspera ele cancelou. Eram os últimos desfiles
da Milano Fashion Week e dali para frente, entramos em um furacão.
No dia 24 eu
lembro perfeitamente, foram feitas as primeiras restrições e dali para frente
mil informações desencontradas, dúvidas, medos, incertezas. Poderia voltar para
casa?
Sim, consegui
voltar e quando cheguei na estação central ela estava vazia. O metro também.
Dali em
diante todos os trabalhos foram ralentando, muitos negócios fecharam e vieram os
primeiros momentos de pânico. O que estava programado foi colocado em stand by,
as datas dos eventos foram mudadas e ficamos perplexos diante de tudo, sem
saber exatamente como proceder. Não parecia real.
No dia 9 de
março veio uma determinação para o confinamento geral e a ordem foi: ficar
dentro de sua casa. O limite para sair até o mercado ou farmácia.
Então veio o
medo, o pânico, a incerteza do amanhã e tantos outros pensamentos.
Passei a
rezar com mais fé e frequência do que fazia antes. Isso foi me dando força e
conforme fui entendendo que é uma batalha individual, passei a ouvir a voz do silêncio
e tentando vibrar na energia das estrelas e da terra. Ouvi a voz que me dizia:
fica calma, não entre em desespero, acredite!
Até semana
passada minha família e meus amigos do Brasil estavam preocupados comigo e eu já estava preocupada com eles, mas parecia longe
para chegar... até que...
Na quarta-feira
dia 18 entrei em pânico por causa deles e somente quando tudo por lá fechou, eles
e meus amigos entraram em quarentena também, fiquei mais calma.
Estar de quarentena
dentro do seu espaço descobre aos poucos a humanidade ao redor de você, presa
no mesmo labirinto.
As vozes que
te dão apoio vão vibrando em uma energia de luz e prosperidade. A oração
coletiva foi aumentando e passamos a rezar juntos, cada um em sua crença ou
religião.
Não existe esse,
aquele, o outro, essa, aquela pessoa ou situação.
Nesse momento
fomos todos paralisados.
A terra nos
expulsou e está respirando um pouco melhor.
O vírus? Ele
ataca os pulmões e te deixa sem o ar e você precisa de oxigênio para continuar
a viver, se não, morre!
Não parece estranho?
O pulmão da
terra pelo pulmão do outro.
O pulmão não
é somente a natureza, o pulmão é a frequência da energia que vibramos e de como
desejamos o nosso bem e o bem do outro, pelo bem do coletivo.
Não é tempo
de apontar o dedo e procurar os culpados. Estamos presos no mesmo jogo como um vídeo
game e passar para o outro nível depende de nós.
Como será
depois? Ninguém sabe, nunca passamos por isso então agora, devemos viver um dia
depois do outro. E esperar.
Pergunte-se:
se fosse eu a tomar as decisões como eu agiria? Como é ser responsável por tantas
vidas num momento como esse? Se fosse simples e linear, até na nossa vida não
cometeríamos tantos erros tentando acertar.
Enquanto
você é sozinho parece mais simples. Quando se torna dois, começa a ter que trocar
opiniões, negociar e chegar num acordo. Conforme vai aumentando, aumentam as responsabilidades.
Isso vale
para a família, para uma empresa, para um governo, para tudo. Nas empresas tem aquela
pessoa que gente admira, tem aquela que a gente não gosta, mas aprende a
conviver, respeitar e trabalhar junto.
Para viver
em qualquer lugar do mundo existem algumas regras e limites, se eles não forem
respeitados o coletivo começa a sair dos trilhos. A humanidade ultrapassou
todos eles.
Em nome do
eu posso, meu direito, meu isso e meu aquilo, deixamos de lado o direito do
outro. Não somos donos de nada e nesse momento, até nossa vida está confinada.
Cada um em sua casa, em sua nação.
Porque aqui
na Itália tantos estão morrendo?
98,8% dos
casos foi insuficiência respiratória
70% das
vítimas fatais do sexo masculino
80 anos a
média.
Não é
curioso?
Porque
alguns países muito perto daqui tem tão poucos casos? De contagio ou de mortes?
Perguntas por
enquanto sem respostas e enquanto isso, uma única certeza. Isso vai passar.
Tudo passa. As guerras, as epidemias, as dores... Estamos nessa terra de
passagem e essa é a única certeza!
Tenho
referência de 2 pessoas com o corona vírus com idade média de 50 anos. A amiga
de um amigo e soube hoje de uma amiga de Londres, eu não tinha contato ha mais
de uma década. Qual a opinião de quem teve?
"É uma
gripezinha, você trata como trata outras, quase nem percebe, sente um pouco de
falta de ar!" Somente isso! Não é incrível?
Sigo na
vibração saudável e na proteção de Deus. O resto...é consequência.
Uma coisa eu
tenho certeza.
O MEU TER,
deve ser substituído pelo MEU SER.
Essa é a
revolução humana!
Ótimo sábado
para todos.
Eu Sarita,
12 dias de quarentena!
Imagem @re_vista.style
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