21.3.20

Quarentena em Milão por causa do coronavírus e a batalha comigo mesma


No início de fevereiro eu travei uma batalha com Deus. Senti dor, tristeza e frustração porque algumas coisas não aconteciam como eu gostaria.
Depois de esbravejar minha ira, decidi mudar aquela vibração e busquei ajuda para acalmar meu espírito. Segui as orientações de orações de limpeza profunda e depois de merecimento. Quando completei os percursos, o meu espirito estava em paz.
No Carnaval eu fui passar alguns dias em Montefiore e agradeço ao meu primo por tem me conectado com a irmã Terezinha, uma prima que mora aqui na Itália.
Dia 23 era o desfile de Giorgio Armani e na véspera ele cancelou. Eram os últimos desfiles da Milano Fashion Week e dali para frente, entramos em um furacão.
No dia 24 eu lembro perfeitamente, foram feitas as primeiras restrições e dali para frente mil informações desencontradas, dúvidas, medos, incertezas. Poderia voltar para casa?  
Sim, consegui voltar e quando cheguei na estação central ela estava vazia. O metro também.
Dali em diante todos os trabalhos foram ralentando, muitos negócios fecharam e vieram os primeiros momentos de pânico. O que estava programado foi colocado em stand by, as datas dos eventos foram mudadas e ficamos perplexos diante de tudo, sem saber exatamente como proceder. Não parecia real.
No dia 9 de março veio uma determinação para o confinamento geral e a ordem foi: ficar dentro de sua casa. O limite para sair até o mercado ou farmácia.
Então veio o medo, o pânico, a incerteza do amanhã e tantos outros pensamentos.
Passei a rezar com mais fé e frequência do que fazia antes. Isso foi me dando força e conforme fui entendendo que é uma batalha individual, passei a ouvir a voz do silêncio e tentando vibrar na energia das estrelas e da terra. Ouvi a voz que me dizia: fica calma, não entre em desespero, acredite!
Até semana passada minha família e meus amigos do Brasil estavam preocupados comigo e eu  já estava preocupada com eles, mas parecia longe para chegar... até que...
Na quarta-feira dia 18 entrei em pânico por causa deles e somente quando tudo por lá fechou, eles e meus amigos entraram em quarentena também, fiquei mais calma.
Estar de quarentena dentro do seu espaço descobre aos poucos a humanidade ao redor de você, presa no mesmo labirinto.
As vozes que te dão apoio vão vibrando em uma energia de luz e prosperidade. A oração coletiva foi aumentando e passamos a rezar juntos, cada um em sua crença ou religião.

Não existe esse, aquele, o outro, essa, aquela pessoa ou situação.
Nesse momento fomos todos paralisados.
A terra nos expulsou e está respirando um pouco melhor.
O vírus? Ele ataca os pulmões e te deixa sem o ar e você precisa de oxigênio para continuar a viver, se não, morre!
Não parece estranho?
O pulmão da terra pelo pulmão do outro.
O pulmão não é somente a natureza, o pulmão é a frequência da energia que vibramos e de como desejamos o nosso bem e o bem do outro, pelo bem do coletivo.
Não é tempo de apontar o dedo e procurar os culpados. Estamos presos no mesmo jogo como um vídeo game e passar para o outro nível depende de nós.
Como será depois? Ninguém sabe, nunca passamos por isso então agora, devemos viver um dia depois do outro. E esperar.
Pergunte-se: se fosse eu a tomar as decisões como eu agiria? Como é ser responsável por tantas vidas num momento como esse? Se fosse simples e linear, até na nossa vida não cometeríamos tantos erros tentando acertar.
Enquanto você é sozinho parece mais simples. Quando se torna dois, começa a ter que trocar opiniões, negociar e chegar num acordo. Conforme vai aumentando, aumentam as responsabilidades.
Isso vale para a família, para uma empresa, para um governo, para tudo. Nas empresas tem aquela pessoa que gente admira, tem aquela que a gente não gosta, mas aprende a conviver, respeitar e trabalhar junto.
Para viver em qualquer lugar do mundo existem algumas regras e limites, se eles não forem respeitados o coletivo começa a sair dos trilhos. A humanidade ultrapassou todos eles.
Em nome do eu posso, meu direito, meu isso e meu aquilo, deixamos de lado o direito do outro. Não somos donos de nada e nesse momento, até nossa vida está confinada. Cada um em sua casa, em sua nação.
Porque aqui na Itália tantos estão morrendo?
98,8% dos casos foi insuficiência respiratória
70% das vítimas fatais do sexo masculino
80 anos a média.
Não é curioso?
Porque alguns países muito perto daqui tem tão poucos casos? De contagio ou de mortes?
Perguntas por enquanto sem respostas e enquanto isso, uma única certeza. Isso vai passar. Tudo passa. As guerras, as epidemias, as dores... Estamos nessa terra de passagem e essa é a única certeza!
Tenho referência de 2 pessoas com o corona vírus com idade média de 50 anos. A amiga de um amigo e soube hoje de uma amiga de Londres, eu não tinha contato ha mais de uma década. Qual a opinião de quem teve?
"É uma gripezinha, você trata como trata outras, quase nem percebe, sente um pouco de falta de ar!" Somente isso! Não é incrível?

Sigo na vibração saudável e na proteção de Deus. O resto...é consequência.

Uma coisa eu tenho certeza.
O MEU TER, deve ser substituído pelo MEU SER.
Essa é a revolução humana!
Ótimo sábado para todos.
Eu Sarita, 12 dias de quarentena!
Imagem @re_vista.style 

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