10.11.09

20 ANOS APÓS A QUEDA

Foto: Reuters

Na imagem acima, a chanceler alemã, Angela Merke lembrando sua caminhada de 20 anos atrás. Cerca de 100 pessoas estiveram ao seu lado, entre eles os ex-presidentes soviético e polonês Mikhail Gorbachov e Lech Walesa.
O mesmo caminho que percorreram 20 anos atrás para cruzar a primeira brecha aberta entre as duas Berlin no dia da queda do muro.
A comemoração foi ontem, dia 9.
Como ontem não consegui postar nada, faço hoje.

É uma forma de mostrar e pensar sobre os nossos próprios muros. Aqueles que levantamos ao redor de nós mesmos. Tenho pensado muito sobre isso.
Isso é história, uma triste verdade que aconteceu numa parde do mundo.
A Alemanha.
Nossos muros, também devem ser derrubados.


Foto: AFP
Em 1989, as brechas foram sendo aberta, em várias partes do muro, algo que parecia inacreditável. Essa passagem, na Bornholmer Strasse, entrou para a história coma a primeira que permitiu o trânsito livre, depois que o membro do Politburo da extinta RDA Guenter Schabowski leu, em 9 de novembro de 1989, o comunicado da República Democrática Alemã que abria as fronteiras.

Merkel acompanhou essas pessoas na recriação desse trajeto em direção à liberdade, não só como chefe de Governo da Alemanha, mas também como uma das milhares de pessoas que na noite histórica, cruzaram a Berlin Ocidental pela rua Bornholmer, ainda que só por algumas horas.

A chanceler destacou que a caminhada popular foi, dentro de todos os atos ( do que se lembra no 20º aniversário da queda do muro), "o mais parecido com o que ocorreu naquela noite", muito mais que "os encontros diplomáticos".

Merkel, nascida em Hamburgo e criada na RDA, não só comandou as cerimônias e reviveu sua passagem para o outro lado, mas também atuou, de forma improvisada, como jornalista, perguntando às testemunhas sobre detalhes daquela noite.

Durante a divisão de Berlin, que durou de 1961 a 1989, a chamada "Faixa da Morte" corria junto à ponte de metal que coroa a estação ferroviária da Bornholmer Strasse, o primeiro o controle que permitiu a passagem generalizada, perante a pressão popular das cerca de mil pessoas.
Em 1989, a queda do muro levou ao colapso do poder comunista no Leste Europeu, à reunificação alemã e ao fim da Guerra Fria.


Construção do muro
A Alemanha Oriental comunista ergueu o muro de concreto com 155 quilômetros de extensão em torno de Berlim Ocidental em 1961 para evitar que moradores do lado comunista fugissem para o reduto capitalista.

Acredita-se que mais de cem pessoas tenham morrido tentando escapar pelo muro.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, também participam das comemorações, junto e o ex-premiê húngaro Miklos Nemeth – que, com a decisão de abrir as fronteiras do país, foi o primeiro a permitir que alemães orientais fugissem para o Ocidente.

Foto: AFP
Centenas de dominós gigantes feitos de espuma, pintados por jovens com mensagens de liberdade, foram alinhados na linha onde ficava o muro e foram derrubados às 20h, representando como os governos comunistas da Europa do Leste foram caindo, um após o outro.

As festividades foram encerradas com um show de fogos de artifício e um show com músicos de vários países.


Foto: Getty Images