RECORDAÇÃO FASHION ALEXANDER MCQUEEN
Ele não era só um designer. Ele era um artista e isso fazia toda a diferença em sua obra.
Ele além de ser um artista, era um grande designer e fazia roupas para mulheres ficarem bonitas ao vestir suas roupas. Isso o tornava incrível.
Nunca me esqueço do dia que entrei na loja em NY, muitos anos atrás, e olhando sua coleção, percebi que além de fazer espetáculos na passarela, tinha um olhar para vestir pessoas de fato. Com toda a extravagância, sempre era possivel comprar um cardigã básico, que poderia vestir no meu irmão super conservador ( que é padre), uma linda camisa branca, até um jeans 5 pockets.
Os vestidos, simplesmente maravilhosos.
Não era só viagem de passarela e onde ele podia fazer espetáculo, fazia de forma brilhante.
Ele sempre esteve entre o romântico e o agressivo. Misturava esses elementos em seus desfiles e os trasformava em verdadeiros shows.
Uma coisa é certa: Ele tinha a mente de um gênio e os gênios normalmente nos deixam cedo com seus tormentos, duvidas, tristezas, enfim, seus medos.
As coleções McQueen, seguiam de perto seus humores. No mês que passou na Índia, nasceu a coleção de Fall 2008 " The Girl Who Lived in the Tree", segundo ele uma trégua para o que disse mais tarde. Uma trégua de um ano de trevas, após a morte de sua amiga e mentora Isabelle Blow, que tirou sua vida.
Depois mostrou uma menina triste enfeitada gloriosamente de Gótica Vitoriana.
Na segunda metade, havia fugido da escuridão pra luz, numa transformação sinalizada pelos vestidos de inspiração indiana.
Depois na temporada seguinte, o humor virou mais uma vez, quando começou a temporada com três dissertações sobre a escuridão Darwiniana e relacionamentos do homem e do abuso com a natureza.
Por último, sua coleção tão comentada, com um que, de alienigenas...
Nas próximos capitulos que virão, muito provavelmente será discutido sobre a mente de McQueen e tudo que impactou a sua obra.
Sua vida e sua morte.
Muitas vezes o que parece um mundo de glamour e felicidade pra quem está de fora, não passa de uma percepção errada e muitas vezes o vazio e a solidão, se tornam insuportáveis.
Nas palavras dele: " As pessoas acham minhas coisas, por vezes agressivas" disse ele em 2002, "mas eu não vejo isso como agressivas. Vejo isso como romântico, com um lado sombrio da personalidade, sabe? E talvez, eu vá muito longe as vezes. Mas isso é só comigo."